domingo, 13 de novembro de 2011


“Minha visão após UFAL”
Antes de fazer a graduação em Pedagogia, fiz três períodos da faculdade de Enfermagem e percebi que não seria boa profissional se levasse esse curso à diante, pois não me identifiquei com área de saúde, então fiquei confusa em relação a minha vida profissional, não sabia qual curso fazer, pois não havia passado pela minha cabeça trabalhar em algo que não fosse relacionado aos cuidados do ser humano, ou melhor, à área da saúde. Fiquei bastante confusa e desfocada em relação ao futuro da minha vida profissional. Durante esse período eu dava aula de reforço escolar e gostava muito do que fazia, gostava de lhe dar com questões relacionadas ao cognitivo, às dificuldades de aprendizagem, às questões escolares, formas de ensino, entre outras situações desse âmbito, foi então que eu me deparei com a possibilidade de fazer o curso de pedagogia ou de Psicologia, mas escolhi Pedagogia na esperança de que eu poderia trabalhar essas questões e me desenvolver profissionalmente fazendo algo que eu gostasse.
As expectativas que eu tinha em relação ao curso de Pedagogia eram as melhores possíveis, até porque minha vida profissional iria depender do meu bom desempenho nesse curso. E essas expectativas foram, em boa parte, alcançadas. O curso foi muito bom, a maioria dos professores bem capacitados e os conteúdos bem trabalhados, mesmo com o pouco tempo que temos para nos aprofundar. Infelizmente trabalhar as questões mais específicas e detalhadas que eu gostaria não foi possível, isso é óbvio, mas pretendo me aperfeiçoar e me dedicar mais às práticas escolares.
Sabemos que nem tudo foi perfeito, isso é fato, muitas dificuldades foram encontradas, as decepções existiram, o cansaço foi evidente devido à conciliação de trabalho, estudo, vida pessoal e social, entre outras questões, mas no geral o resultado foi positivo e proveitoso.
Hoje sei que minha formação foi realizada, eu tomei o primeiro passo para a construção da minha vida profissional, mas as capacitações e especializações às práticas escolares, necessárias para meu crescimento profissional, dependem do meu desempenho e interesse.         



Essas fotos mostram uma coleção de materiais (revistas, CDs, fitas de vídeo cassete, pôsteres, cartas do fã clube, etc.) da dupla de cantores Sandy e Júnior, e representam minha fonte histórica.
Escolhi esse material como minha fonte histórica pelo fato dessa dupla ter feito parte de minha infância e adolescência, além da alegria que eu tinha ao conquistar cada um deles. Eu era muito fã dessa dupla e eles passaram a ser minha referência cultural por boa parte de minha vida.
Analisando a história da minha fonte histórica posso colocar em questão alguns aspectos que poderiam ser trabalhados com adolescentes e familiares, tais como: a admiração de um adolescente que pode virar obsessão por seus ídolos; os limites de gastos dos colecionadores; a importância dos pais conhecerem os ídolos de seus filhos; a contribuição da internet para a diminuição de materiais impressos, entre outros. Mas ao resgatar essa fonte histórica eu pude relembrar experiências que marcaram minha infância e adolescência, lembranças de bons momentos vividos que estavam adormecidos em minha memória.          

Análise da música: "Aquele Abraço"


MÚSICA: “AQUELE ABRAÇO” (Gilberto Gil)
O Rio de Janeiro continua lindo
O Rio de Janeiro continua sendo
O Rio de Janeiro, fevereiro e março
Alô, alô Realengo
Alô, torcida do Flamengo
Chacrinha continua balançando a pança
E buzinando a moça comandando a massa
E continua dando as ordens no terreiro
Alô, alô, seu chacrinha, velho guerreiro
Alô, alô, Terezinha Rio de Janeiro
Alô, alô, seu chacrinha, velho palhaço
Alô, alô, Terezinha, aquele abraço!
Alô, moça da favela, aquele abraço!
Todo mundo da Portela, aquela abraço!
Todo mês de fevereiro, aquele passo!
Alô, banda de Ipanema, aquele abraço!
Meu caminho pelo mundo, eu mesmo traço
A Bahia já me deu régua e compasso
Quem sabe de mim sou eu, aquele abraço!
Pra você que me esqueceu, aquele abraço!
Alô, Rio de Janeiro, aquele abraço!
Todo povo brasileiro, aquele abraço!

CONSIDERAÇÕES:
A música “Aquele Abraço” de Gilberto Gil é conseqüência do movimento tropicalismo, que foi um acontecimento nacional da década de 60. Para analisar a música escolhida, é necessário fazer algumas considerações a respeito desse movimento.
O tropicalismo foi um movimento, muito criticado, que surgiu como forma de modernizar e revolucionar a música brasileira, as artes plásticas, o cinema e a poesia, mas a repercussão maior aconteceu no âmbito musical. As músicas do tropicalismo entram em confronto com as músicas da bossa nova que exaltavam os interesses tradicionais da alta sociedade daquela época. O movimento tropicalista deu um histórico passo na música brasileira, ele veio retratar os problemas sociais do país com uma ideologia libertadora, o que fez do tropicalismo um movimento popular, pois suas músicas revelavam a situação crítica e complexa do país que atingia grande parte da população. Esse movimento durou pouco mais de um ano e acabou reprimido pelo governo militar. Seu fim começou com a prisão de Gilberto Gil e Caetano Veloso, em dezembro de 1968. A cultura do País, porém, já estava marcada para sempre pela descoberta da modernidade e dos trópicos.
Gilberto Gil, autor da música “Aquele Abraço”, como já foi mencionado, foi um dos componentes desse movimento revolucionário e escreveu essa música após ter sido preso por expressar seus pensamentos relacionados à política do Brasil na época da ditadura militar que coincide com a do movimento em questão.
A música foi escrita após o autor ter passado uma temporada na prisão, nela Gil afirma que o Rio de Janeiro continuava lindo, mesmo com tantas desigualdades sociais, existência de favelas, torcida do Flamengo, que era composta, em maior parte, por integrantes de classe social baixa. Essa foi uma forma de expressão encontrada por Gil para chamar atenção do povo brasileiro, uma maneira que o autor encontrou para mencionar à existência de muitos problemas encontrados no estado do Rio de Janeiro ocasionados pela ausência políticas públicas e de desigualdade sociais, e que eram passados por “despercebidos” até o surgimento do tropicalismo. Ao mencionar o “Palhaço Chacrinha” na música, Gil também destaca a grande influencia que esse palhaço teve na formação de opiniões e sua luta contra os problemas sociais e políticos além da divulgação dos pensamentos liberais na televisão. Através da análise dessa música, é perceptível que Gilberto Gil quis mostrar que as belezas do Rio de Janeiro não pararam de existir mesmo com os problemas sociais existentes.